terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

É HORA DE PENSAR À CURTO PRAZO NOS PASTORES E PASTORAS METODISTAS QUE A IGREJA APOSENTOU.










É HORA DE PENSAR À CURTO PRAZO NOS  Estou na terceira geração de metodistas. Portando conheço muito bem essa Igreja. Não tínhamos preocupação com aposentadoria de pastores e pastoras. Conheci muitos que depois de aposentados, pois solicitaram, (sim porque era assim) as suas aposentadorias aceitaram o desafio de uma, duas, ou mais nomeações e ficaram trabalhando quase que o mesmo tempo de antes depois e produziram muito com suas experiências.  Conheci e conheço um que com um pouco mais de oitenta anos foi eleito delegado ao Concílio Geral e nesse ele votou inclusive para eleger alguns dos que ainda são Bispos da Igreja até agora.  Em Lins, por exemplo, O Rev. Carlindo depois de estar aposentado em Brasília aceitou o desafio de vir para Lins. Posso dizer com segurança absoluta que foi um dos melhores pastores que a Igreja teve em Lins. Foi quem tirou a Igreja da letargia e do anonimato em      que se encontrava. Ele já rondava os oitenta anos e fez um grande trabalho aqui. Mas com o trabalho secular sem estabilidade a procura pelo pastorado e por mais estabilidade financeira muito têm crescido e o quadro ficou saturado o que levou a Igreja a ter que descartar os mais velhos para dar espaço aos novos. A renovação é boa. Porém deve acontecer naturalmente sem a necessidade de descarte os mais velhos que ainda estão com saúde e produzindo.  Só que esses velhos e eu sou um deles, tiveram que pastorear até quatro Igrejas ao mesmo tempo por falta de pastores. Naquele tempo era mesmo por vocação, por chamado de Deus. Hoje pelos motivos acima mencionados ou outros, nem sempre vocação ou chamado de Deus.
Falo do sustendo até por uma questão de justiça, desses homens que doaram sua vidas integralmente ao pastorado e por isso mesmo não sabem fazer outra coisa e terem sido levados a contribuírem para o INSS obrigatoriamente na condição de autônomos por incompetência da Igreja em gerir seu fundo de pensão particular agora só têm o mísero benefício do INSS. Mas tudo indica que o INSS vai ser exsolvido no Brasil em seis anos. Por isso a Igreja tem de pensar no sustento dessa gente a quem ela deve e muito, antes que seja tarde de mais. Quem vai sustentar os pastores que a Igreja tanto se apressou em aposentar? Pensem nisso povo metodista. Creio que não. Nem acompanharam o que está acontecendo com a aposentadoria oficial no Brasil.
Fomos instados a deixar os nossos trabalhos seculares para dedicarmos integralmente à Igreja. Na década de setenta Um Concílio Geral determinou que todos os pastores que quisessem trabalhar fora seriam colocados em disponibilidade. Para estudar o pastor teria que pedir licença e era muito difícil a Igreja deixar. Conheço vários que estudaram meio que escondidos. Essa Igreja tinha um fundo de pensão particular. Mas por má gestão veio à falência. Jogaram os pastores nas mãos do INSS e isso obrigatoriamente. Agora estão jogando esses pastores nas mãos de um sistema falido e deficitário na Brasil que o que tudo indica vai entrar em insolvência nos próximos seis anos. Em breve. E agora? Vocês acham isso justo? Sei que a grande maioria que aí está defendendo essa lei não viveram os momentos que mencionei acima quando fomos proibidos de fazer trabalho fora. Poderia essa Igreja agora deixar esses pastores numa posição tão ruim assim? Isso é justo? Quando eu recebi a carta de meu bispo, na época Bispo Oswaldo dias da Silva com o prazo para decidir se ficaria na ativa sem secularizar ou e iria secularizar e ser colocado em disponibilidade eu era jovem e tinha dois empregos. Mas finalmente abri mão dos dois e fui para outra cidade onde sofri muito vivendo com um terço que vivia antes numa inflação galopante nos fins dos anos setenta. Mas fiz pelo chamado, pela vocação o voto que eu havia feito ao meu Deus. E agora? Isso foi levado em conta? Não. Nem se pensou ou se discutiu a respeito. Pergunto a todos os que votaram pela manutenção de Lei da parada obrigatória: A Igreja está sendo justa com isso? Essa gente será colocada à mercê da sorte se Deus nãos lhes abrir outras portas. Gente, cuidado! O que está em jogo são pessoas que Deus chamou para pastorear sua Igreja. Eu espero que encontrem uma maneira de consertar isso. O INSS além e péssimo vai acabar. Igreja não deixe para pensar depois. Pensa já. Recolha todos aqueles e aquelas que estão saudáveis e querem continuar na ativa de algum modo. Encontrem uma maneira. Não casse quem Deus chamou. Não os sacrifique. Trabalhei na roça com tudo. Aprendi lá que, para amansar um garrote tínhamos que colocar um boi bem velho de um lado da canga e o novo do outro lado. O garrote pulava o dia todo, mas depois ia aprendendo om o velho e ficava bom. Qual a moral da história. Ensinem os moços e moças que estão entrando ao lado dos velhos e não queiram colocar os jovens como tutores dos velhos porque as coisas funcionam no lado oposto. Temos que usar a experiência dos velhos somada à força física dos jovens. As empresas seculares estão fazendo isso. Por que a Igreja insiste em andar na contramão? Se realmente a Igreja não voltar atrás nisso o preço a ser pago será muito alto. E quem vai cobrar é Deus. Faço minhas as palavras do Bispo Carlos no 20º Concílio Geral quando disse: Deus vai cobrar isso de nós ali na frente. Chamaram-no de ridículo e disseram que ele não deveria ser exposto daquele jeito. Ele não se expôs. Foi a Igreja quem o colocou nessa situação. A ele a mim e a muitos outros e outras em todo o Brasil.















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