Minhas irmãs e meus irmãos hoje eu gostaria muito de
meditar com vocês sobre o comportamento de nossas Igrejas e o porquê não
vivemos não em unidade. Nós sabemos que é necessário que tenhamos unidade na
Igreja de Jesus. Mas tem sido uma luta esse trabalho porque nem sempre estamos
vivendo em unidade. Da palavra unidade vem a palavra comunidade que significa
comum unidade.
Mas se sabemos que o povoo
de Deus precisa viver assim porque não vivemos? Não vivemos porque somos egoístas
e agocentristas. Mesmo sendo membros da mesma Igreja, ouvindo e falando isso o
tempo todo cada um de nós tem o seu projeto pessoal e individual. o problema
maior ainda é que lutamos para impor o nosso projeto e nos sentimos perdedores
quando esse projeto não é o vencedor no grupo. Eu tive um grande amigo que
sempre dizia em suas pregações: No campo político brasileiro e no mundo quando
alguém perde uma eleição vira oposição ao invés de somar forças ao vencedor e
fazer a coisa andar melhor. Na Igreja dizia ele, é a mesma coisa. Quando um projeto nosso não é o aceito pelo
grupo nos transformamos em perseguidores do projeto vencedor enquanto que o
correto seria darmos todo apoio ao vencedor porque foi aprovado pela maioria e
certamente é o melhor para a Igreja em sua caminhada. Mas não funciona assim.
Com isso vem o constante clima de tensão. Perdemos a alegria e a vontade de
trabalhar porque não foi o que propusemos que venceu. Que pena! Que desastre!
Isso na obra de Deus é um veneno mortal. Faz a Igreja intoxicada, patinar o
tempo todo. Depois começamos a “caçar as bruxas”. De quem é culpa? Onde está a
responsabilidade? Seria do pastor da Igreja? Seria da liderança? Pode até ser,
mas na maioria dos casos não. O problema é consequência da nossa falta de
unidade. A Palavra de Deus diz: c Como
poderão andar dois juntos sem que haja entre eles acordo? (Amós, 3:3) Sem
acordo cada um vai para um lado, cada um puxa para um lado e a corda pode
estourar no meio e os dois caírem de costas e frustrarem em suas pretensões.
Eu posso e devo apresentar
meus projetos para a Igreja. Porém devo esperar que o grupo possa ver também os
dos outros irmãos e irmãs e escolha o mais adequado para o momento e que poderá
não ser necessariamente o meu. Em sendo assim eu devo entrar na obra apoiando o
projeto vencedor e somar forças para que ele seja mais forte e a Igreja caminhe
bem.
Vocês já perceberam que em
todas as Igrejas existe sempre um mal estar? Deveria ser o povo mais feliz e
não é. Sempre alguém está de bicão com alguém. Quase sempre é por alguma coisa
dentro da própria Igreja. Mas eu posso lhes assegurar que não é por causa da
Igreja ou de seu trabalho, mas por conta de nossas pretensões em querer que a
nossa ideia seja a melhor. Ao percebermos que não é a melhor, que não foi a
aceita iniciamos as críticas oposicionistas aos outros que também não gostam e
começam as “briguinhas” idiotas entro das Igrejas. Vocês percebem? O problema
não é da Igreja e sim nosso.
Tudo isso por falta de
visão correta do que seja a Igreja de Cristo. Somos um corpo e não pode haver
divisão no corpo. Um membro não pode puxar para si todo o mérito de uma ação
positiva, mas também não pode ser responsabilizado sozinho por algo que não deu
certo. Enquanto corpos têm de sentar junto fazer uma avaliação sincera para
corrigirmos a rota.
Um exemplo bem claro disso
está na seguinte possibilidade de acontecer, pois é frequente isso. Alguém tem
um programa aprovado por toda a Igreja a ser realizado no ano em época tal e
tal. Vai à frente fala disso, avisa nos Boletins, o pastor fala e ninguém
escuta. E não escuta porque não ouviu. Não escuta porque não é sua prioridade.
Quando vem a época da realização as pessoas colocam outra realização também
relevante na mesma data e horário e começam a “brigar” dizendo que foram
desprezadas, que ninguém está se importando com o seu programa o que não é
absolutamente verdade. Isso tudo é consequência, repito, da falta unidade no
corpo de Cristo. A gente coloca uma programação sem nem querer saber se já tem
outra. Isso porque estamos focados em nós mesmos e não no todo. A nossa visão
de Igreja foi adulterada e estamos focados em nós mesmos, em aquilo que nos
interessa em detrimento do resto.
Meu apelo é que sejamos
mais humildes, mais compromissados com o Reino de Deus, com a Igreja enquanto
grupo (corpo de Cristo) e muito menos conosco mesmos. A Palavra de Deus diz
cada um considere os outros superiores a si mesmo. (Fil. 2:3) Isso vai afastar
o fantasma do mal estar dentro das Igrejas e tornar as pessoas realmente
próximas umas das outras e a viverem como irmãs, fraternalmente.
O Salmo lido acima diz que
Deus quer se sente prazeroso quando as pessoas vivem juntas e em paz. Em uma
versão em inglês diz assim no Salmo 133: É bom e prazeroso quando o povo de
Deus vive junto em paz (The youth Bible) A Bíblia da mocidade, jovem. The youth Bible uma versão britânica para
jovens. Amém
Rev. Jesué Francisco da
Silva.
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