Meus irmos e minhas irmãs, meus amigos e minhas amigas, especialmente ao povo metodista no Brasil e no mundo. A partir das perguntas acima eu gostaria de fazer alguns comentários. Depois gostaria que cada um de vocês dessa sua resposta. Não precisa ser a mim. Pode ser intimamente e no momento oportuno tornasse público o que realmente pensa sobre o assunto. Já faz alguns anos que a Igreja Metodista vinha lutando para aprovar em seus Concílios Gerais uma Lei que obrigasse os pastore e pastoras a se aposentarem a partir dos 65 anos de idade. Houve muitas lutas sobre isso. Primeiro porque a Igreja não dispunha de um fundo de pensão para que esses pastores e essas pastoras tivessem uma aposentadoria digna do trabalho que desenvolveram na Igreja. A Igreja no passado chegou a ter um fundo desse tipo que se chamava Departamento Geral de Previdência – DGP, que acabou por incompetência de gestão da própria Igreja. Quando isso aconteceu todos os pastores e pastoras foram obrigados (as) ser contribuintes do INSS. Tal vez não tenham pensado que essa categoria não tinha como ser classificada perante a Lei Federal e que a única maneira de contribuir seria na condição de contribuinte em dobro como autônomos. Foi o que aconteceu. Acontece que os pastores e pastoras ficaram muito mal, pois todos e todas sabemos como é o INSS no Brasil.
Segundo porque a Igreja não cresceu
para absorver os pastres novos que ela mesma incentivava que fossem desafiados
a vir para o ministérios através de campanhas e apelos nesse sentido. Como
muitos e muitas ouviram os apelos e vieram a Igreja não tinha mais lugar para
eles e elas. Para solucionar o problema gritante surgiu a ideia de descartar os
mais velhos e as mais velhas. O problema é que isso aconteceu sob o pretexto
absurdo de que nessa idade a pessoa não produz mais como deveria. Que a partir
dessa idade a pessoa não teria as mesmas condições físicas e cognitivas para o
exercício do pastorado. É claro que nem todas as pessoas são iguais e existem
alguma que não têm mesmo. Mas a grande maioria tem sim, todas as condições de continuar na ativa e produzindo. Eu
desafio a Igreja a apresentar números estatisticamente comprovados que todos os
pastores jovens que estão chegando estão produzindo mais nas Igrejas Locais,
Geral e em outras áreas somente por serem jovens. Olhemos a idade dos
dirigentes do mundo. Quantos anos têm? Qual seria e média de idade deles? No
Brasil e no mundo está comprovado que a longevidade aumentou. Com isso a
expectativa de vida é em média dez quinze anos a mais. Estamos vivendo mais e
com mais qualidade de vida. Por que a Igreja entrou pela contramão? Empresas
estão testemunhando que Vale a pena recontratar seus antigos funcionários mais
velhos que com suas experiências têm contribuído até para a melhor formação dos
jovens que estão chegando para o mercado de trabalho. Qual o motivo senão o
citado anteriormente, para a Igreja fazer isso? Estive lendo e estudando a
palavra COMPULSÓRIA, que a o que a igreja faz com seus pastores quando
completam setenta anos de idade. Aposentam-nos COMPULSORIAMENTE. Vi que a palavra
significa tirar à força, forçadamente sem que o outro ou a outra
necessariamente queira ou concorde, à contra vontade. Essa palavra vem da mesma
raiz de compulsão que é o ato de se fazer uma coisa sem querer, mas fazer assim
mesmo. Um ato compulsivo é isso. Como Uma Igreja composta de gente tão
inteligente, tão culta, e cheia de doutores em teologia e outras “ias”, gias”, “fias”
mais pôde deixar de perceber isso? Como?
Quando olho para Palavra de Deus e vejo
Deus chamando um velho, sim porque segundo A Igreja ele era um velho, para uma
extraordinária missão eu fico mais assustado ainda com a postura da Igreja. Eu
falo de Gn. 12: 1-4 quando o Senhor chama a Abraão. Ele tinha setenta e cinco
anos. Será que esse Deus está aprovando a iniciativa da Igreja Metodista nessa
matéria? Os critérios usados são de fato bíblicos ou são humanos? À quem
interessam? Deus? Creio que não. Será
que essa Igreja ainda não aprendeu a lidar com os valores de Deus? Será que não
percebe que Deus não vê como vê o homem? Ou isso está somente em seus
discursos? Provavelmente sim. A Igreja não está olhando, pelo menos nesse
ponto, para a realidade da Bíblia, mas para o que ela (Igreja) acha ser o
correto. Na minha visão a Igreja está enganada e diametralmente em linha de
colisão com a Palavra de Deus. Depois passa a procurar as bruxas. Por que não
crescemos? Quais são os problemas? Onde estão as causas? A Igreja Metodista na
criação e manutenção dessa Lei feriu a Palavra de Deus que não diz isso em
lugar nenhum. Sou a favor da Compulsoriedade, mas quando algo justifica isso.
Pode ser um problema de saúde e isso vai desde físico a mental. Pode ser
cognitivo. Mas tem de haver uma justificativa além dos setenta anos de vida.
Porque isso é exatamente o contrário. É injustiça. E Deus está contra a
injustiça. Para onde a Igreja caminha praticando tais coisas? Como disse você
deve responder para você mesmo ou você mesma. O 20º Concílio Geral realizado em
2016 foi convidado a mudar isso, mas preferiu manter a Lei ante bíblica e
injusta. Continuou machucando muita gente que deram suas vidas para o
ministério pastoral da Igreja. Mas não fiquemos somente com Abraão. Vamos ver
Paulo falando aos Efésios, 4:11, onde ele diz quem chama para sermos pastores e
doutores (mestres). O termo é Ele mesmo. Quem é esse “Ele mesmo”? É claro que é Jesus Cristo.
Eu creio que a Igreja deixa de representar Jesus Cristo a partir do momento em
deixa de observar o que Ele manda. Ou então passa por cima do que Jesus
estabeleceu. Aqui Está claro. Quem chama é ele. Então quem dispensa também é
Ele. Não cabe a ninguém discutir a forma dessa dispensa. O senhor da Igreja é
quem sabe.
Eu sei que a pesar de meus esforços
poucos acreditam no que tenho falado sobre tudo isso durante tantos anos. Mas
eu sou também teólogo. Antes de tudo, um estudiosa da Palavra de Deus o
suficiente para perceber esse gravíssimo erro que a Igreja está cometendo e que será visto na história do
metodismo e que o tempo irá confirmar. Quero dizer que não sou um rebelde. Mas
entre o que Deus manda a o que a Igreja determina, eu fico tranquilamente com
Deus. Podem todos ter certeza de que enquanto Deus não me disser: Jesué a sua
quota acabou eu vou continuar. Se não sirvo mais aqui procurarei onde ainda
sirvo e de que forama sirvo para continuar meu pastorado. Agora se Deus mandar
parar... Eu paro. Até lá jamais. Na minha credencial está escrito: "Enquanto seu
espírito e pratica estiverem de conformidade com o Evangelho de Jesus Cristo".
Não está escrito que seria até setenta anos de idade.
Termino este artigo por enquanto,
pois virão outros, fazendo uma apelo à Igreja para que repense sua posição. Só
que agora terá de voltar atrás e recolher todos e todas aqueles e aquelas que
ainda querem e estão em condições para exercerem o pastorado pleno na Igreja
independente da Idade se estiverem bem. Pensem também sobre quem vai manter esses
que a Igreja aposentou se o INSS chegar aonde tudo indica que vai.
Que Deus tenha misericórdia da Igreja
Metodista! Amém
Rev. Jesué Francisco da Silva
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