PALAVRA
PASTORAL - ISRAEL É O MIOR SINAL DOS FINS DOS TEMPOS. (Mt. cap. 24)
Apesar dos surpreendentes e espantosos acontecimentos experimentados
nestes dias, o maior de todos os sinais do fim dos tempos - e, contudo, o menos
enfatizado - é o retorno do povo judeu à Terra Prometida e a fundação
do Estado de Israel.
O testemunho de Charles Spurgeon
É necessário olharmos mais meticulosamente para o restabelecimento dessa
nação à luz das profecias.
No decorrer do tempo, foi pequeno o número de servos do Senhor que O
seguiram de todo o coração e aos quais foi dada a capacidade de reconhecer os
acontecimentos futuros.
Charles Spurgeon foi uma dessas pessoas. Antes de Israel voltar a
tornar-se uma nação, quando aparentemente era impossível que os judeus
retornassem para a Terra Prometida, Spurgeon ensinou que isso aconteceria,
exatamente como se lê em Ezequiel 36 e 37:
O significado desse texto bíblico, conforme o contexto revela, é muito
evidente. Diante do significado dessas passagens, haverá primeiro uma
restauração política dos judeus em sua própria terra e um retorno à sua própria
identidade nacional. Em segundo lugar, existe no texto e em seu contexto uma
declaração muito clara de que haverá uma restauração espiritual, uma real
conversão das tribos de Israel ao Senhor.
Eles haverão de gozar de uma prosperidade nacional que os tornará famosos;
mais ainda, serão tão gloriosos que Egito, Tiro, Grécia e Roma esquecerão sua
própria glória à luz do grande esplendor do trono de Davi. Se as palavras têm
significado real, este deve ser o sentido desse capítulo.
Eu jamais quero aprender a arte de distorcer o significado que Deus
atribuiu às Suas próprias palavras. Se a Bíblia diz algo de maneira clara e
cristalina, então é isso mesmo que devemos entender. O sentido literal e o
significado dessa passagem - que não podem ser negados nem espiritualizados -,
deixam claro para nós que tanto as duas quanto as dez tribos de Israel serão
restauradas em sua própria terra, e que um rei governará sobre elas.
O anelo de Israel pela paz
Analisemos o desenvolvimento progressivo que está acontecendo e que
conduzirá Israel a uma união com a "nova ordem mundial" dominada pela
Europa. Apesar dos constantes conflitos, vemos Israel procurando a paz com seus
inimigos, não por terem adotado uma nova filosofia que os faz amar uns aos
outros, mas pelo anseio por uma paz negociada.
Muitos em Israel estão fascinados com a possibilidade de viver em paz
com seus vizinhos árabes. Eles acham que essa paz realmente poderá ser
alcançada. Mas a Bíblia diz:"Quando andarem dizendo: Paz e segurança,
eis que lhes sobrevirá repentina destruição, como vêm as dores de parto à que
está para dar à luz; e de nenhum modo escaparão" (1 Ts 5.3).
Israel: o objeto da profecia
Fazemos bem em compreender que os sinais do final dos tempos dados pelo
Senhor são especificamente direcionados a Israel. Quando Jesus
explicou os eventos dos tempos finais a Seus discípulos juntamente com os
sinais que aconteceriam antes de Sua volta, Ele endereçou essas palavras ao
povo de Israel.
Temos duas características muito claras mencionadas em Mateus 24, que
identificam esse povo:
1. "Então, os que estiverem na Judéia fujam para os
montes" (v. 16). Isto é uma referência geográfica, e não
diz respeito à Igreja de Jesus Cristo. Se vivemos nos Estados Unidos, no
Canadá, na Europa, ou em outras partes do mundo, não somos conclamados a fugir
para as montanhas da Judéia, pois as palavras foram dirigidas aos "que
estiverem na Judéia".
2. Além disso, Jesus está mencionando um motivo de oração: "Orai
para que a vossa fuga não se dê no inverno, nem no sábado" (Mt 24.20). O
sábado foi dado apenas aos judeus. Lemos nas Sagradas Escrituras, com relação
ao sábado: "Tu, pois, falarás aos filhos de Israel e lhes dirás:
Certamente, guardareis os meus sábados; pois é sinal entre mim e vós nas vossas
gerações; para que saibais que eu sou o SENHOR, que vos santifica" (Êx
31.13).Portanto, Israel é o grande sinal dos tempos do fim
para os gentios e para a Igreja!
O antigo pecado de Israel
Quais os objetivos de Israel para o futuro? Hoje a nação de Israel está
sendo confrontada com seu antigo pecado, com o pecado que cometeu como nação.
Há quase 3500 anos o povo de Israel já estava na Terra Prometida. Deus havia
cumprido tudo o que prometera a eles com relação à entrada na terra, mas Israel
recusou-se a ser o povo escolhido por Deus, negou-se a ser uma nação singular e
diferente, e deixou de fazer Sua vontade.
Deus identificou a razão mais profunda dessa rejeição ao dizer que o
povo de Israel simplesmente não queria que Deus o governasse. Eles rejeitaram
abertamente as palavras de Deus ditas através de Moisés: "Porque
sois povo santo ao SENHOR, vosso Deus, e o SENHOR vos escolheu de todos os
povos que há sobre a face da terra, para lhe serdes seu povo próprio" (Dt
14.2). Que promessa tremenda! Israel deveria estar acima "...de
todos os povos que há sobre a face da terra".
Através da História sabemos que muitas nações têm procurado sobrepor-se
a todas as outras nações. Hoje isso é muito evidente nos Estados Unidos. Os
americanos consideram que os EUA são uma nação especial. A maioria dos
americanos reivindica que os Estados Unidos são a maior nação da história do
mundo. Muitas nações antes deles cometeram o mesmo pecado, mas a poeira de suas
ruínas testemunha contra elas.
Uma nação santa de cristãos
Quem somos nós cristãos? A resposta está em 1 Pedro 2.9: "Vós,
porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade
exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das
trevas para a sua maravilhosa luz".Nós, a Igreja de Jesus Cristo,
também somos um povo eleito. Somos uma geração escolhida. Somos uma nação
santa. Mas essa nação santa não pode ser comparada ou identificada com
quaisquer nações políticas, como os Estados Unidos, o Canadá, a França, a
Inglaterra, a China ou outra nação do mundo. Essa nação santa habita entre as
nações do mundo, e cada membro dessa nação santa é conhecido pessoalmente pelo
próprio Senhor.
Tudo indica que essa nação santa está prestes a se completar, e quando
isso acontecer, quando o último dos gentios for agregado à Igreja, seremos arrebatados pelo
nosso Senhor, para estarmos em Sua presença por toda a eternidade!
O clamor de Israel por um rei
O anseio rebelde de Israel em tempos antigos, ao pedir um rei ao profeta
Samuel para ser "como as outras nações" (veja 1 Sm 8.5-7), não
desapareceu simplesmente. Ao contrário, ele atingiu seu clímax 1000 anos mais
tarde. Em João 19.15 está escrito: "...Não temos rei, senão
César!" Todo o peso da afirmação dos antepassados, refletindo o
desejo de serem parte da família das nações, de serem como qualquer outro povo,
atingiu, então, a realização: "...Não temos rei, senão
César!" Israel ainda será confrontado com essa afirmação quando
as nações da terra se ajuntarem para batalhar contra Jerusalém!
Os passos de Israel rumo à paz
Parece que a única solução em relação à Terra Santa é seguir o rumo de
uma paz negociada. Apesar dos confrontos com os palestinos, finalmente não
restará outra alternativa. A possibilidade do aumento de comércio através das
fronteiras dos países é muito tentadora, e não há dúvida de que a economia de
Israel continuará a crescer fortemente.
Essas expectativas positivas jamais mudarão a Palavra Profética. Jesus
disse: "Eu vim em nome de meu Pai, e não me recebeis; se outro
vier em seu próprio nome, certamente, o recebereis" (Jo 5.43). Israel
está a caminho de se tornar parte integrante do último império gentílico do
mundo e aceitará o anticristo.
Apenas quando compreendemos esses acontecimentos pelo prisma espiritual,
podemos começar a entender o que está ocorrendo no mundo político, econômico e
religioso. Com isso em mente, iremos compreender melhor o desenrolar dos
eventos políticos no mundo de hoje. Se não tivermos conhecimento dos resultados
finais, poderemos ser facilmente levados pelo entusiasmo da falsa paz que será
anunciada.
O anticristo: o mestre do engano
Quando a Palavra de Deus identifica a obra do anticristo, lemos em 2
Tessalonicenses 2.7-11: "Com efeito, o mistério da iniqüidade já
opera e aguarda somente que seja afastado aquele que agora o detém; então,
será, de fato, revelado o iníquo, a quem o Senhor Jesus matará com o sopro de
sua boca e o destruirá pela manifestação de sua vinda. Ora, o aparecimento do
iníquo é segundo a eficácia de Satanás, com todo poder, e sinais, e prodígios
da mentira, e com todo engano de injustiça aos que perecem, porque não
acolheram o amor da verdade para serem salvos. É por este motivo, pois, que Deus
lhes manda a operação do erro, para darem crédito à mentira".
Esse texto bíblico deixa dois pontos bastante claros: primeiro, a obra
do anticristo será bem-sucedida através do engano e, segundo, a rejeição à
oferta do amor de Deus (Jo 3.16) é o motivo pelo qual as pessoas crerão numa
mentira.
Por essa razão, mais do que nunca devemos gravar em nossas mentes e em
nossos corações aquilo que o Senhor Jesus ensinou a Seus discípulos: "É
como um homem que, ausentando-se do país, deixa a sua casa, dá autoridade aos
seus servos, a cada um a sua obrigação, e ao porteiro ordena que vigie. Vigiai,
pois, porque não sabeis quando virá o dono da casa: se à tarde, se à
meia-noite, se ao cantar do galo, se pela manhã; para que, vindo ele
inesperadamente, não vos ache dormindo. O que, porém, vos digo, digo a todos:
vigiai!" (Mc 13.34-47).
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