Meus irmãos e minhas irmãs eu
gostaria de conversar com vocês mais uma vez hoje sobre o perigo da língua. Eu
sei que já estudamos sobre isso na Escola Dominical, nos cursos que fazemos, Em
fim. Falamos sobre isso o tempo todo. Mas a pergunta é: Praticamos?
O nosso problema quanto ao controle
de nossa língua é muito sério. Há um conceito muito falado entre os evangélicos
que se expressa assim: “As palavras têm poder” ou, “há poder em nossas
palavras” No entanto no meio evangélico parece não crermos muito nisso em se
tratando daquilo que estamos falando contra os outros. Sim. Pois maldizemos os
nossos irmãos o tempo todo sempre que temos oportunidade. Tenho notado que em
muitos casos parece até que da forma como difamamos os outros estamos torcendo
para que as coisas dêem mal para eles. O impressionante é que diante das mesmas
pessoas nós as elogiamos. Falamos bem, etc. Mas por trás fazemos exatamente o
oposto. Que desastre! Mas pastor o senhor está falando para a Igreja e na
Igreja essas coisas não existem. Não deveriam existir. Mas infelizmente dentro
de nossas comunidades existem ainda mais que outros lugares. Estamos bem
próximos uns dos outros e em geral conhecemos o que se passa com todos e com
todas dentro de uma mesma Igreja. Isso deveria ser algo que nos levasse a ter
uma plena comunhão uns com os outros, umas com as outras. Mas geralmente usamos
isso para difamar. Sem perceber que podemos até matar uma pessoa quando a
destruímos com a nossa língua. Um outro problema muito sério é que nem sempre
aquilo que espalhamos com a nossa língua é a expressão exata da verdade. São
boatos ou meias verdades que escutamos e já corremos a espalhar. Como disse
acima, até chega a parecer que estamos na torcida para que o outro ou a outra
se dê mal.
Nós fazemos isso porque não
conseguimos o que a Palavra de Deus recomenda controlar a nossa língua.
Precisamos aprender a Domar a nossa língua. A Palavra de Deus a chama de fogo,
algo que destrói e temos que levar isso a sério e nos mantermos fora desse
hábito de falar dos outros o tempo todo. O mias cômico nisso é que geralmente
condenamos uma porção de pecados que em nosso entendimento os outros estão praticando
e estamos praticando o pior com a nossa língua. Fazemos isso em relação às
nossas Igrejas, os nossos pastores e pastoras, os (as) nossos (as) líderes,
indivíduos, grupos e famílias. Isso é muito ruim e emperra a caminhada de uma
Igreja. Depois nós ficamos “cassando as bruxas” e perguntando o tempo todo de
quem é a culpa e onde estão os problemas. Vamos pensar no que falamos dos
outros em nossas Igrejas. Quais são as críticas que fazemos uns dos outros
dentro de nossas comunidades? As palavras que deferimos sobre os outros são de
honra ou de destruição? Só que nos esquecemos de que todas as vezes que
diminuímos um irmão ou uma irmã de nossa Igreja ou mesmo a nossa Igreja nós
estamos matando a obra de Deus onde fomos colocados (as) para edificar. Falamos
tanto que amamos as nossas Igrejas! Depois a matamos com a nossa língua. Que
contradição! Tiago define muito bem o que isso significa. O Salmo 52 diz que
isso que fazemos contra os outros com a nossa língua se volta contra nós e no
fim quem é destruído é o que usou a sua língua para destruir.
Tenhamos cuidado meus amados irmãos e
irmãs. Aquilo que falamos pode dar vida, mas também pode matar. Pode construir,
mas também pode destruir.
Mas em se tratando da Igreja de Jesus
Ele promete que as portas do inferno não prevalecem sobre a Igreja. Então
ninguém ou nada poderá destruir a Igreja de Cristo. Nos Dez Mandamentos tem um
que manda: “Não dirás falso testemunho contra teu irmão”. Falso testemunho é o
mesmo que divulgar uma mentira contra o meu irmão ou a minha irmã. Podemos
dizer: Eu não faço isso. Só digo a verdade. Ok. Nem todas as verdades que
sabemos sobre uma pessoa podem ser divulgadas. Muitas vezes o melhor é estar
calado. Mas nós gostamos de falar. Especialmente quando é alguma coisa que
difama os outros.
Meu apelo como pastor é que jamais
sejamos assim. Peçamos a Deus que converta a nossa língua também. Peçamos a
Deus forças para sempre vermos os outros superiores a nós mesmos. Amemos uns
aos outros, mas de verdade e não somente de palavras e da boca para fora.
Amemos de coração e de alma. Vivamos a Palavra de Deus e vejamos a Igreja
“bombar” e crescer em todos os aspectos para a Glória de Deus. Amém.
Rev. Jesué Francisco da Silva.
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