quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

PALAVRA PASTORAL: O PERIGO DA LÍNGUA. (Salmos 52 e Tiago, 3:1-12)



 
Meus irmãos e minhas irmãs eu gostaria de conversar com vocês mais uma vez hoje sobre o perigo da língua. Eu sei que já estudamos sobre isso na Escola Dominical, nos cursos que fazemos, Em fim. Falamos sobre isso o tempo todo. Mas a pergunta é: Praticamos?
O nosso problema quanto ao controle de nossa língua é muito sério. Há um conceito muito falado entre os evangélicos que se expressa assim: “As palavras têm poder” ou, “há poder em nossas palavras” No entanto no meio evangélico parece não crermos muito nisso em se tratando daquilo que estamos falando contra os outros. Sim. Pois maldizemos os nossos irmãos o tempo todo sempre que temos oportunidade. Tenho notado que em muitos casos parece até que da forma como difamamos os outros estamos torcendo para que as coisas dêem mal para eles. O impressionante é que diante das mesmas pessoas nós as elogiamos. Falamos bem, etc. Mas por trás fazemos exatamente o oposto. Que desastre! Mas pastor o senhor está falando para a Igreja e na Igreja essas coisas não existem. Não deveriam existir. Mas infelizmente dentro de nossas comunidades existem ainda mais que outros lugares. Estamos bem próximos uns dos outros e em geral conhecemos o que se passa com todos e com todas dentro de uma mesma Igreja. Isso deveria ser algo que nos levasse a ter uma plena comunhão uns com os outros, umas com as outras. Mas geralmente usamos isso para difamar. Sem perceber que podemos até matar uma pessoa quando a destruímos com a nossa língua. Um outro problema muito sério é que nem sempre aquilo que espalhamos com a nossa língua é a expressão exata da verdade. São boatos ou meias verdades que escutamos e já corremos a espalhar. Como disse acima, até chega a parecer que estamos na torcida para que o outro ou a outra se dê mal.
Nós fazemos isso porque não conseguimos o que a Palavra de Deus recomenda controlar a nossa língua. Precisamos aprender a Domar a nossa língua. A Palavra de Deus a chama de fogo, algo que destrói e temos que levar isso a sério e nos mantermos fora desse hábito de falar dos outros o tempo todo. O mias cômico nisso é que geralmente condenamos uma porção de pecados que em nosso entendimento os outros estão praticando e estamos praticando o pior com a nossa língua. Fazemos isso em relação às nossas Igrejas, os nossos pastores e pastoras, os (as) nossos (as) líderes, indivíduos, grupos e famílias. Isso é muito ruim e emperra a caminhada de uma Igreja. Depois nós ficamos “cassando as bruxas” e perguntando o tempo todo de quem é a culpa e onde estão os problemas. Vamos pensar no que falamos dos outros em nossas Igrejas. Quais são as críticas que fazemos uns dos outros dentro de nossas comunidades? As palavras que deferimos sobre os outros são de honra ou de destruição? Só que nos esquecemos de que todas as vezes que diminuímos um irmão ou uma irmã de nossa Igreja ou mesmo a nossa Igreja nós estamos matando a obra de Deus onde fomos colocados (as) para edificar. Falamos tanto que amamos as nossas Igrejas! Depois a matamos com a nossa língua. Que contradição! Tiago define muito bem o que isso significa. O Salmo 52 diz que isso que fazemos contra os outros com a nossa língua se volta contra nós e no fim quem é destruído é o que usou a sua língua para destruir.
Tenhamos cuidado meus amados irmãos e irmãs. Aquilo que falamos pode dar vida, mas também pode matar. Pode construir, mas também pode destruir.
Mas em se tratando da Igreja de Jesus Ele promete que as portas do inferno não prevalecem sobre a Igreja. Então ninguém ou nada poderá destruir a Igreja de Cristo. Nos Dez Mandamentos tem um que manda: “Não dirás falso testemunho contra teu irmão”. Falso testemunho é o mesmo que divulgar uma mentira contra o meu irmão ou a minha irmã. Podemos dizer: Eu não faço isso. Só digo a verdade. Ok. Nem todas as verdades que sabemos sobre uma pessoa podem ser divulgadas. Muitas vezes o melhor é estar calado. Mas nós gostamos de falar. Especialmente quando é alguma coisa que difama os outros.
Meu apelo como pastor é que jamais sejamos assim. Peçamos a Deus que converta a nossa língua também. Peçamos a Deus forças para sempre vermos os outros superiores a nós mesmos. Amemos uns aos outros, mas de verdade e não somente de palavras e da boca para fora. Amemos de coração e de alma. Vivamos a Palavra de Deus e vejamos a Igreja “bombar” e crescer em todos os aspectos para a Glória de Deus. Amém.
Rev. Jesué Francisco da Silva.









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