Meus Irmãos e minhas irmãs hoje é o primeiro domingo do advento. Ou seja: O primeiro dos quatro domingos que antecedem o Natal. No dia de Natal como todos sabem comemoramos o nascimento de Jesus. Embora não se possa ter a certeza de que Jesus tenha nascido no dia 25 de dezembro se convencionou comemorar o nascimento do Filho do Deus Altíssimo nessa data. Provavelmente Jesus tenha nascido em Janeiro. Mas não se sabe também ao certo. Mas essa discussão bem como o calendário ter uma diferenciam de aproximadamente dois anos não são tão importantes assim para os cristãos em todo o mundo. O importante é saber que Jesus nasceu e como e porque Ele nasceu. Nessa entrada no tempo de advento chamo a atenção para um foto inequívoco do nascimento de Jesus. Em Cristo Deus realmente se fez carne. Em Cristo Deus entrou no tempo e no espaço. A discussão das duas naturezas em Cristo também é muito forte dentro mundo teológico quando se estuda cristologia. Mas não é essa a minha intenção aqui, mas simplesmente mostrar que Jesus realmente existiu e tem uma história humana no mundo em que vivemos. Por isso a Bíblia faz questão de mostrar a história de Jesus como um ser humano falando de sua genealogia. Em Mateus essa genealogia inicia-se em Abrão e termina em Davi. Em Lucas a mesma genealogia inicia-se de maneira contrária e vai daqui para trás até chegar a Adão. Mas na verdade os textos não se contradizem, mas se completam. Estudando essa genealogia percebemos que Jesus nasceu dentro de um contexto inequivocamente histórico. Por isso ainda que insistam os filósofos e os céticos em negar a presença de Jesus neste mundo jamais conseguirão como não conseguirão negar outra pessoa que tenha uma genealogia tão explícita dessa forma. É preciso notar que logo em seguida Mateus inicia a história do nascimento de Jesus. Lucas ainda fala do testemunho de João Batista do Batismo de Jesus e somente depois fala de sua genealogia. Genealogia é o estudo rebuscado da gênesis de uma pessoa. Disso surgiu inclusive a genética que é um estudo científico sobre uma pessoa.
O
nosso Jesus é real. Ele realmente veio a este mundo dos homens para trazer a
palavra do Pai e o plano de salvação de Deus aos pecadores. Podemos contar em
Mateus quarenta e duas gerações da Abrão até Cristo. Ou seja: Até Davi de quem
Jesus Cristo está diretamente ligado. Por isso a expressão: Filho de Davi referindo-se
a Jesus muitas vezes. O Deus revelado dos cristãos e das cristãs tem uma pessoa
real. Tem nome e viveu no espaço e tem uma história. Estou com isso dizendo que
Jesus não apareceu do nada. Não apareceu como um vapor e se materializou
depois. Ele realmente foi gerado. É um ser humano que nasceu de uma mulher cujo
nome todos nós conhecemos, Maria que era da linhagem de Davi. José seu pai
adotivo também era da linhagem dravídica. Por isso quando falamos de Jesus
estamos falando de um ser real. Porque Ele também é Deus. Porque Deus mesmo é
seu pai. A Bíblia diz que sua mãe o concebeu antes que tivesse coabitado com
homem algum e isso por obra do Espírito Santo. A Igreja em muitos Concílios
discutiu as duas naturezas em Cristo. Mas os dois principais foram: Nicéia e
Calcedônia. No ano 381 AD O Concílio Niceno decidiu que Jesus era Deus. A
ênfase foi muito forte que embora correta, porém mais tarde trouxe problemas,
pois as pessoas passaram a ver em Jesus somente Deus. O Jesus humano e
histórico foi perdendo sentido e com isso a cruz ia ficando nula. Sem o Jesus
histórico e humano não haveria sacrifício vicário e os pecados da humanidade
não estariam perdoados sem o sacrifício de Cristo e somente um humano poderia
ser sacrificado. Mas a Igreja primitiva continuava a discussão até que foi
convocado o Concílio de Calcedônia no ano 451. Esse concílio afirmou: Cristo é
verdadeiramente Deus e verdadeiramente homem. N’ele as duas naturezas não se
confundem mas também não se separam. Esse é o nosso Jesus. Aleluia!
Não
sei quantas vezes vocês já pararam para pensar sobre isso. Mas Jesus nasceu
dentro do contexto histórico do povo de Deus. Por isso esse povo que conhece
sua história o reconhece plenamente.
Vejam
como Deus é zeloso, cuidadoso e para não deixar dúvidas quando ao processo da
salvação levou todo esse tempo para entrar na história em seu Filho Jesus
cristo. Nos tempos antigos estipulava-se uma geração em quarenta anos. Assim
teria se passado no mínimo um mil, seiscentos e oitenta anos. Em nosso tempo
estipula-se uma geração em setenta nãos então teriam se passado dois mil,
novecentos e quarenta anos. Fico admirado em ver como o cuidado de Deus é
grande. Quanto tempo leva para concretizar definitivamente o seu projeto salvífico.
Quando pensamos em soterilogia não podemos deixar de considerar essas coisas.
Jesus
para nós é a salvação planejada e programada por Deus durante muitos séculos.
Pensamos
nisso nesse tempo de advento, ou seja: Tempo que antecede o Natal. Amém?!
Rev.
Jesué Francisco da Silva.
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