sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Palavra Pastoral - A Nova Velha Igreja. (Efésios 4:12-16)


Meus irmãos e minhas irmãs hoje eu gostaria de meditar com vocês sobre a Igreja Metodista uma vez que somos metodistas. Estamos ouvindo falar de uma nova cara da Igreja Metodista. Mas eu me pergunto: Temos mesmo uma nova cara ou estamos redescobrindo a nossa verdadeira cara? Creio que estamos nos redescobrindo, pois ao olhamos para o século XVIII na Inglaterra, vemos que o metodismo saiu de um movimento de avivamento dentro da Igreja Anglicana com seus rituais mortos e sua religiosidade também sem vida e que não alcançava ninguém. Quando uma Igreja conserva, rituais e liturgias com um fim em si mesmos, não visando a edificação das pessoas e o alcance de vidas para Reino de Deus essa Igreja está fadada à morte. 

Era o que estava acontecendo na Igreja Anglicana nos dias de Wesley. O pecado muda de nome e de endereço. A santidade passa a ser algo longe do alcance dos crentes. Mas eu gosto de falar sempre me baseando em coisas que aconteceram comigo. No ano de 1981 em fui transferido para Igreja Metodista em Anápolis (GO). Quando fui ao culto de posse havia apenas quinze pessoas. A Igreja não tinha casa pastoral e não tinha recursos para construir. Comecei a notar que não havia nenhuma preocupação com santidade e muito menos com avivamento espiritual. Deus já estava fazendo esta obra em meu coração e eu jamais poderia me silenciar. Iniciamos um trabalho visando o avivamento da Igreja. Como isso era coisa ainda estranha em muitos lugares de nosso imenso Brasil eu fui severamente exortado pelo Bispo da Quinta Região na época. Mas quando algo é de Deus ninguém pode parar “Agindo Eu quem impedirá?” diz o Senhor.

Então eu continuei. A essa altura eu já havia vivenciado muitas fases em nossa Igreja. Tradicional conservadora, tentativa frustrada de avivamento, pois as pessoas queriam mudar, mas não sabiam os caminhos para essa mudança. Pois avivamento espiritual somente acontece quando há abertura ao agir do Espírito Santo em nós. Sem isso pode até haver vontade e tentativas, mas nada acontece. Na época fui convidado a pregar na Igreja de Novo Horizonte, Goiânia. Falei sobre a necessidade do avivamento na Igreja Metodista isso porque essa obra já havia caminhado em Anápolis e os sinais eram visíveis. A Igreja que podia pagar apenas 30% do subsídio pastoral e isso picadinho durante o mês inteiro, agora pagava 100%, mais gasolina para o trabalho pastoral, água, luz e telefone. Já havíamos recebido mais de setenta novos membros à comunhão da Igreja. Também já havíamos construído uma linda casa pastoral quase no centro da cidade e perto da Igreja com duas suítes, escritório pastoral, um quarto comum, uma copa e uma cozinha. O movimento nos cultos era como eles nunca tinham visto antes. Hoje a Igreja em Anápolis é avivada. Aleluia! Era indubitavelmente o agir do Espírito Santo. Isso estava sendo visto e sentido de maneira prática. As reuniões de oração eram de fogo e poder. Grandes coisas eram feitas por Deus em nosso meio. Nem eu muitas vezes entendia bem o que e como estava acontecendo. Mas estava. Era Deus agindo. Avivamento é isso. Deus agindo, Deus dando vida a quem estava morto. Depois passei a viver intensamente o programa dons e ministérios, pois antes já havia vivenciado os planos quadrienais que não funcionavam. Chegávamos aos finais dos quadriênios e estávamos do mesmo jeito. Mas embora não tenha nada contra o programa dons e ministérios que funciona até hoje mesmo que muita gente nem saiba o que é e como na prática, teoricamente todos conhecem o programa da Igreja que acabou com os cargos eletivos e deixou a oportunidade para as pessoas trabalharem livremente onde se sentiam chamadas. O programa foi a porta que Deus abriu para o avivamento espiritual acontecer definitivamente apesar das resistências.

Por isso meus irmãos eu estou seguro de que este não é apenas um caminho do crescimento da Igreja, mas é o caminho. Não existem outros meios. Se quisermos ganhar almas (vidas) para o Senhor temos que abrir os nossos corações ao avivamento espiritual. Portando o que estamos chamando de cara nova da Igreja hoje nada mais é do que a nossa cara do século XVIII. “Se alguém pensa que ainda estamos restringindo os dons espirituais está por fora porque não estamos fechando as portas para todos os dons que estão na Bíblia. Estamos livres. Aleluia!” (Bispo Adonias Pereira do Lago no encontro de discipulado em S. J. do Rio Preto) E agora recentemente no 41º Concílio Regional: “Se estão dizendo que estamos fazendo coisa de pentecostal e ser pentecostal é ser vivo e ganhar vidas para o Senhor então somos pentecostais” (Bispo Adonias Pereira do Lago, Presidente do Colégio Episcopal). Houve resistência, mas um grupo persistiu, o Espírito de Deus agiu e o avivamento foi finalmente implantado. Mas com um objetivo: Fazer discípulos e discípulas. Sejamos uma Igreja assim em nome de Jesus Cristo. Amém. 
Rev. Jesué Francisco da Silva.

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