Minhas irmãs e meus irmãos hoje
eu gostaria de continuar a série que venho escrevendo sobre o comportamento de
nossas Igejas. Infelizmente nem sempre é o ideal. Mas temos feito o possível
para sermos sempre melhores possíveis diante de Deus. Creio que ninguém além da
classe pastoral sofre tantas críticas por causa da Igreja. O Grande drama é que
se a Igreja vai bem o mérito é dos membros. Se não vai bem a culpa é dos
pastores. Mas as coisas são bem mais complexas do que parecem. Olhar isso de
uma maneira simplista é perigoso nós podemos fazer um julgameno errado e
injusto. Para desenvolver este tema eu gostaira de fazer um esboço de análise socio/teológica
antes. A sociedade mudou seus valores e seus conceitos em quase todos os
sentidos e isso inclui a “fé”, “religião” e para nós o trabalho da Igreja e na
Igreja de Jesus. Quanto às mudanças de valores é preciso tomar muito cuidado
porque existem valores cujas mudanças podem abalar seus esteios e existem
esteios que se abalados comprometem toda a estrutura. Nesse caso é preciso uma
avaliação muito detalhada por todos os ângulos. Mas também o cuidado com tudo
isso nem sempre é compreendido pelas pessoas que entendem como afastamento dos
outros, separação, isolamento, etc. Acontece que com essas mudanças de conceitos
existem grupos e não são poucos e sim quase todos os evangélicos que aderiram
totalmente a alguns modismos que chegam até a agredirem a fé genuína,
verdadeira. Mesclar a esse povo é comprometedor. Estar junto só por aparência é
pior ainda. Eu vejo a grande
possibilidade de estarmos juntos (e nesse caso o trabalho é ecumênico) para a
realização de eventos relevantes na sociedade e na fé do povo. Mas somente
estarmos juntos não é o suficiente. E digo isso até com respeito aos evangélicos.
Aliás, especialmente sobre os evangélicos. Seria hipocrisia de nossa parte falarmos
ao mundo que estamos unidos se o simples fato de sermos denominações distintas umas
das outras mostra exatamento o contrário. Eu sou metodista de terceira geração
e não afirmo que vou morrer metodista. Amanhã eu posso estar em outra Igreja se
aqui não estiver mais de acordo com aquilo que ls mesmos me ensinaram aqui e
sem dúvida continuarei na Igreja corpo de Cristo. Mas enquanto eu estiver aqui
serei fiel aos princípios desta Igreja. Vejo que na maioria das vezes preterimos
as nosas igrejas porque elas não correspondem as nossas especativas pessoais.
Nesse caso é preciso rever nossos projetos e nossas visões pessoais e verificarmos se estão correspondendo aos valores e visões de toda Igreja. Do
ponto de vista sociológico há uma frieza generalizada nas Igrejas, pois elas são
um seguimento social e a sociedade não está com vontade de aprender nada neste
momento da história. Há uma apatia geral. Há um desânimo impressionante. Isso
reflete na caminhada da Igreja. Não adianta muito querermos jogar a culpa nisso
ou naquilo porque o problema é social. As pessoas não estão dispostas a coisas
mais sérias e difíceis, haja vista o comportamento dos jovens na escola. Do
ponto de vista da fé as pessoas estão sempre querendo imitar aqueles ou aquelas
que para elas estão certas. As realidades são diferentes e os conceitos de fé
como já disse acima, são distintos uns dos outros. Ainda sofremos a tentação de
sempre acharmos que as Igrejas dos outros estão acontecendo e as nossas não.
Mas isso ocorre para que tenhamos como melhor justificarmos o nosso desânimo. Nunca
senti a necessidade de estar em outra Igreja para me sentir animado na obra de
Deus. Até porque a obra de Deus que fazem lá também estou fazendo aqui. Como
disse acima, amanhã eu não sei se estarei aqui. Mas onde quer que esteja
saberei ser fiel aos princípios daquela Igreja ou daquele grupo. Não há nada
que justifique minha falta de ânimo a não ser minha falta de vontade de
enfrentar os problemas e trabalhar para valer na Igreja de Jesus.
É mais ou menos assim que
funciona: Eu perco meu ânimo, minha vontade de trabalhar na Igreja. Fico até
torcendo para que as coisas andem mal e depois arranjo um jeito de culpar
alguém por isso. Eu me esqueço de que eu sou membro desse corpo do qual estou
falando. Logo estou falando de mim mesmo.
Para finalizar eu gostaria de
chamar a atenção para uma coisa. Sabem quem realmente é o maior motivador na
Igreja de Jesus? O próprio Jesus. Se Jesus não for a minha maior motivação de
estar aqui eu estou no lugar errado. Começamos um trabalho e paramos no meio
sem dar satisfação a ninguém. Não tem sido assim? A razão para eu permanecer
aqui e permanecer animado e motivado, é Jesus Cristo. As outras coisas servem
como ajuda e não como a razão principal.
Irmãs e irmãos se estamos
desanimados, desmotivados, busquemos a presença de Jesus e não recorramos a
artifícios que não mudará em nada as nossas vidas. Sejamos pessoas animadas, participantes, alegres e felizes na obra de Deus. Como vamos trazer outros para
cá se nós mesmos não nos sentirmos animados e encorajados aqui? Por favor
respondam essa questão a vocês mesmo, lá no intimo. Amém?!
Rev. Jesué Francisco da Silva.
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