Meus irmãos e minhas irmãs hoje eu gostaria de meditar com
vocês sobre a pessoa de Jesus.
Durantes muitos anos no início da Igreja Cristã houve muitas
discussões em torno desse assunto. Em alguns tempos eram dadas umas ênfases,
mas em outros eram dadas outras ênfases sobre a pessoa de Jesus. A pergunta era
sempre a mesma: Quem é Jesus? É homem? É Espírito? É Deus? Porém as mais
freqüentes eram: Jesus é homem? Ou, Jesus é Deus? Jesus é a mistura das duas
coisas? A Igreja começou a realizar Concílios e mais concílios para discutir a
questão e chegar ao consenso de quem seria mesmo, a pessoa maravilhosa de
Jesus. Muitos Concílios existiram, mas dois deles merecem destaque para a nossa
fé cristã. O Concílio Niceno realizado na cidade de Nicéia no ano 381 AD. Esse
chegou à conclusão de que Jesus era Deus. Porém não cuidou muito para afirmar a
humanidade em Jesus e algum tempo depois a Igreja passou a afirmar a deidade em
Cristo e perdeu a visão da humanidade dele ou nele. Isso obviamente levou a fé
cristã a um ponto crítico e perigoso, pois sem ser homem o sacrifício vicário
de Cristo desapareceria e sem sacrifício vicário não haveria remição de pecados,
isto porque sem morte não haveria essa remissão e somente o homem poderia
morrer. E agora? Como estava Igreja? Como desvendar o problema? Surgem mais
concílios, mas nem um resolvia a situação. Até que surgiu o Concílio calcedônio
na cidade de Calcedônia. Esse depois de
muitas discussões chegou a seguinte posição a qual seguimos até hoje. Isso
aconteceu no ano, 451 AD. Eis a conclusão: Jesus é verdadeiramente Deus e
verdadeiramente homem. As duas naturezas em Cristo subsistem sem uma tomar o
lugar da outra e ao mesmo tempo não se misturam (não se confundem) e nem se
separam. Portanto Jesus é Deus mesmo. Mas também é homem de verdade. Um
mistério. Nasceu, viveu, morreu e ressuscitou.
Tudo isso aconteceu de verdade e não foi apenas aparência. Não foi um “faz de contas”.
Deus estava em Cristo reconciliando consigo mesmo o mundo. (II Cor. 5:19) Essa
definição da pessoa de Jesus colocou a
Igreja na posição que ainda está até o
presente momento e eu creio que não exista outra mais perfeita e que melhor defina
quem é Jesus Cristo. Gostaria de voltar ao texto bíblico do início desta
mensagem e à pergunta de Jesus com a resposta de Pedro. Jesus pergunta: Quem,
dizem os homens que eu sou? Os discípulos começaram a divagar. Bem Uns dizem
que isso, outros dizem que é aquilo, etc. etc. Então Jesus pergunta: E vós? Pedro
responde: Tu és o Cristo o Filho do Deus Altíssimo. Jesus então lhe diz: bem-aventurado
és Simão filho de Jonas porque não foi a carne nem o sangue que to revelou mas
meu Pai que está nos Céus. Por isso concluímos que para conhecer quem Jesus
realmente é somente pela revelação de Deus. Por teoria só isso não é
possível. Somente por filosofia e
teologia isso também não é possível. Mas somente quando o Pai revela através do
Espírito Santo. Existem muitas pessoas e muitas Igrejas dizendo conhecerem a
Jesus. Mas por seus atos percebemos algo errado. Provavelmente até pensam que
realmente sabem quem é Jesus. Mas não responderiam corretamente a pergunta
feita pelo mestre. Sem estarem cheios do Espírito Santo.
Que Deus nos ajude para que realmente conheçamos a Jesus.
Pois isso nos dá condições de viver o genuíno evangelho da Graça e Deus e responder como Pedro respondeu; Tu és o Filho
do Deus Altíssimo. Amém.
Rev. Jesué Francisco da Silva
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