O que o PT fala e faz chega a ser patético e digno de pena. Lula é um despreparado academicamente e por isso fala e faz bobagem.
Ofensa de Lula
ao STF é torpe e típica de mentes autocráticas, diz ministro
MÁRCIO FALCÃO
DE BRASÍLIA
DE BRASÍLIA
17/03/2016 15h17
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Integrante mais antigo do STF (Supremo Tribunal Federal), o ministro
Celso de Mello afirmou nesta quinta-feira (17) que as "ofensas" e
"grosserias" do ex-presidente Lula ao tribunal representam uma reação
"torpe e indigna", que é típica de "mentes autocráticas e
arrogantes" que temem a prevalência da lei.
Segundo o ministro, "condutas criminosas perpetradas à sombra do
poder jamais serão toleradas". O discurso ocorreu logo na abertura da
sessão e foi acertado como uma resposta institucional às gravações que mostram
Lula afirmando a presidente Dilma que o STF é um tribunal acovardado.
A resposta do Supremo começou a ser traçada na noite desta quarta (16),
logo após a divulgação do diálogo entre Lula e Dilma pela operação Lava Jato,
quando ministros acertaram que Celso de Mello faria uma fala dura.
Pedro Ladeira/Folhapress
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Celso de Mello, ministro do Supremo Tribunal Federal, em foto de 2013
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Os ministros têm demonstrado desconforto com as repetidas citações nas
investigações da Lava Jato de que haveria interferência do governo,
especialmente de Dilma, em favor de presos da Lava Jato em tribunais
superiores.
superiores.
Em sua manifestação, Celso de Mello fez questão de não citar o nome de
Lula e afirmou que "conhecida figura política de nosso país, em diálogo
telefônico com terceira pessoa, ofendeu, gravemente, a dignidade institucional
do Poder Judiciário".
"Esse insulto ao Judiciário, além de absolutamente inaceitável e
passível da mais veemente repulsa por parte desta Corte Suprema, traduz, no
presente contexto da profunda crise moral que envolve os altos escalões da
República, reação torpe e indigna, típica de mentes autocráticas e arrogantes
que não conseguem esconder, até mesmo em razão do primarismo de seu gesto
leviano e irresponsável, o temor pela prevalência do império da lei e o receio
pela atuação firme, justa, impessoal e isenta de Juízes livres e
independentes", disse Celso.
O decano no Supremo afirmou que os juízes "não hesitarão,
observados os grandes princípios consagrados pelo regime democrático e
respeitada a garantia constitucional do devido processo legal, em fazer recair
sobre aqueles considerados culpados, em regular processo judicial, todo o peso
e toda a autoridade das leis criminais de nosso País".
O ministro afirmou que não há diferença entre governantes e governados
para a lei. "A República, além de não admitir privilégios, repudia a
outorga de favores especiais e rejeita a concessão de tratamentos diferenciados
aos detentores do poder ou a quem quer que seja. Por isso, cumpre não
desconhecer que o dogma da isonomia, que constitui uma das mais expressivas
virtudes republicanas, a todos iguala, governantes e governados".
Celso disse ainda que ninguém está acima da autoridade das leis e da
Constituição". "Condutas criminosas perpetradas à sombra do Poder
jamais serão toleradas, e os agentes que as houverem praticado, posicionados,
ou não, nas culminâncias da hierarquia governamental, serão punidos por seu
juiz natural na exata medida e na justa extensão de sua responsabilidade
criminal".
Demonstrando irritação com o caso, o presidente do STF, Ricardo
Lewandowski, disse que o Supremo não faltará à sociedade brasileira. "Os
constituintes de 1988 atribuíram a esta Suprema Corte a elevada missão de
manter a supremacia da Constituição Federal e a manutenção do Estado
Democrático de Direito. Eu tenho certeza de que os juízes dessa Casa não
faltarão aos cidadãos brasileiros com o cumprimento desse elevado múnus."
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