quinta-feira, 24 de março de 2016

PALAVRA PASTORAL: ELEAVAR OS OUTROS EM CONSIDERAÇÃO. (Fil. 2:3-4).









 
Meus irmãos e minhas irmãs hoje eu gostaria de deixar registrada aqui nesta reflexão pastoral uma palavra de alerta ao que vejo acontecendo em nossa Nação com repercussão mundial o que nos causa vergonha em todo mundo. Infelizmente os nossos agentes políticos não chegam nem a se enrubescer com o que se passa. O país vive a pior crise dos últimos vinte e cinco anos em sua história. O desemprego atingiu o índice de 9,5% de novembro de 2015 a janeiro de 2016. Isso é alarmante e assustador. Atingiu as nossas Igrejas e nossos projetos missionários no que dependíamos de recursos financeiros, pois há muitos membros de nossas Igrejas que estão desempregados. Todos sem exceção estamos sendo sacrificados. Nosso País vive uma crise e insegurança política bem como uma incerteza econômica sem precedentes. A inflação voltou a corroer o ganho que ainda temos. Ganho esse que muitos já perderam com a falta de trabalho. Estamos todos desenformados, pois a cada momento se fala uma coisa nova e estranha. O povo se perde e não sabe mais onde está a verdade e muitas vezes tudo chega a parecer mentira. São os homens da Lei. Advogados e magistrados brigando entre si. O que é pior: Todos estão com a Constituição brasileira nas mãos, mas cada um a interpreta de acordo com as suas conveniências. Mas a constituição existe exatamente para propor o contrário. Ou seja: Fazer a Lei ser igual para todos. Mas eu pergunto: Tem sido? Se não tem sido, então por quê?
No jogo político não se vê mais ideologia dos partidos e nem dos agentes políticos. Isso não exista mais.
Pela manhã vemos um homem público falando uma coisa. Ao meio dia essa mesma pessoa fala outra e à noite fala outra coisa ainda e isso sobre uma mesma questão, uma mesma pauta. Falam a agem de acordo com aquilo que lhes convém em cada momento. Os magistrados são criticados são cobrados, mas também ao que nos parece estão sem entendimento entre si. Cada Juiz fala uma coisa sobre uma mesma situação. E são homens da Lei. Fico até assustados ao perceber isso sabendo que estamos, em termos de justiça, sob o que essa classe determina. Assim como entre os políticos cada um quer fazer prevalecer o que lhe convém no meio jurídico também. Vejam por exemplo: Um juiz um momento diz que é assim e assim. De repente diz que não é mais assim e toma de uma mão e manda para outra. Ou seja, de uma instância para outra. O povo fica confuso. Mas o que parece claro para quem tem academia (formação em curso superior) é que mesmo o Poder judiciário não goza de autonomia para agir.  Parece julgar de acordo com os que os nomearam querem que os mesmos o façam. Vemos que nem o STF tem autonomia plena para julgar. Seu julgamento às vezes parece ser tendencioso. Enquanto isso a sociedade que depende das decisões tanto políticas como judiciais fica o tempo todo a espera e sofrendo. Mas qual seria a razão para isso? Será que o Pastor Jesué quer dar uma aula de política. Não. É claro que não. Essa não é minha especialidade. Mas sinto como cidadão o que você sente. Sinto como brasileiro o que você sente. Vejo como brasileiro o que você vê. Lamentavelmente parecem se esconderem em seus gabinetes confortáveis e o povo em favor de quem deveriam trabalhar fica esquecido. A sociedade sem resposta.
Irmãos e irmãs isso tudo acontece por falta de Deus. Deus é colocado de lado. Mas Ele é o justo Juiz. Nele está o juízo e a justiça.  Em Deus não existe corporativismo e nem julgamento de acordo com qualquer conveniência. Ele julga com retidão. Suas leis são perfeitas e livres das influências pecaminosas que atingem a humanidade toda.
O texto bíblico acima mostra como deveríamos agir. Ou jseja, que devemos colocar os interesses dos outros à frene os nossos. Para mim o grande entrave está aqui. Sempre queremos o oposto. Colocar na frente os nossos interesses. Depois os dos outros. Queremos ser sempre os destaques. Nós e os nossos interesses estão sempre em primeiro plano. Por isso ser cristão é difícil. Eu me refiro aos cristãos na prática do verdadeiro cristianismo. No cristianismo o chefe é o que serve e não o que é servido.
Porém no campo da política de um modo geral se vê o oposto. Querem ser servidos e em tudo muitas vezes querem até manipular o judiciário e o fazem de forma aberta e inescrupulosa como se a sociedade não tivesse inteligência suficiente para perceber. Tudo isso porque o outro não conta.  As pessoas, mesmo aquelas que se dizem públicas fazem tudo centradas em si mesmas. Seus interesses pessoais sobrepõem aos dos outros, aos coletivos, aos da sociedade a qual representam. Esquecem-se da máxima: “Todo poder emana do povo e em seu nome é exercido”. Falta Deus e o conhecimento de sua Palavra. Peço a todos que não sejam apolíticos, alienados. Mas que sejam participantes ativos na política sim e apoiem àqueles cristãos e àquelas cristãs que ingressarem na política para que lá dentro façam a diferença e deem sua parcela de contribuição ao nosso País não somente criticando, mas sendo um político de acordo com os valores da fé cristã. Revejam o texto bíblico acima e reflitam bastante sobre ele.
Igreja, oremos pelo nosso Brasil, pelos nossos “políticos” e especialmente pelos nossos magistrados especialmente pela nossa corte soberana, o Supremo Tribunal Federal (STF) para que tenhamos um Brasil melhor, mais justo e mais abençoado por Deus onde sua suprema corte dê respostas à sociedade e não à um grupo oligárquico. Vivamos assim: “Cada um considerando os outros superiores a si mesmos”. Amém?!
Reverendo Jesué Francisco da Silva (Teólogo, com conhecimento sociológico e filosófico)

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