Meus irmãos e minhas irmãs
hoje nós estaremos refletindo sobre quem estamos servindo na Igreja. Creio que
a partir dessa descoberta estaremos identificando muitas coisas que atrapalham
a nossa caminhada enquanto Igreja de Cristo. Pois bem. Tentemos então ver
algumas coisas nesse sentido. Sabemos que se Fôssemos perguntar aos membros das
Igrejas evangélicas de um modo geral a resposta com certeza seria: Estamos
servindo a Jesus Cristo. Teoricamente estaria correta. Pois isso é realmente o
que todos nós deveríamos estar fazendo e é o que o Senhor Jesus espera de cada
um. Mas eu insisto em perguntar: Estamos mesmo servindo a Jesus Cristo? Mas
pastor se nós estamos na Igreja e não estamos servindo a Jesus Cristo a quem
estamos servindo? O que estamos fazendo? Eu também tenho perguntado: O que
estamos fazendo? Queridos e queridas basta olharmos para o nosso comportamento
e vamos perceber que a Igreja não é nossa prioridade. Tanto não é que a
trocamos por qualquer programa. Sim uma estada no Rancho no dia e hora de
culto, etc. etc. Mas pastor o senhor tem alguma coisa contra ir ao rancho? É
claro que não. Eu disse trocar a programação da Igreja por isso. É muito diferente,
pois evidencia que a Igreja não é a nossa prioridade e isso é gravíssimo. Mas
voltemos à pergunta inicial: A quem estamos servindo na Igreja? Eu diria que na
grande maioria das vezes estamos servindo-nos a nós mesmos. As coisas têm de
ser do jeito que gostamos não importa se Deus gosta ou não. É impressionante
como até achamos que o nosso jeito, o nosso gosto é o que Deus quer e gosta.
Arranjamos uma maneira de enquadrar Deus naquilo que nós queremos que seja ou
do jeito que nós queremos que as coisas sejam feitas.
Quando não é feito da
forma como gostamos e queremos nos transformamos em terríveis murmuradores ou
murmuradoras. Ora se estivéssemos servindo a Cristo procuraríamos descobrir o
que agrada ao Mestre e não aquilo com o que nos sentíssemos bem. Por isso eu
não tenho o menor problema ao afirmar que na maioria das vezes estamos na
Igreja procurando servir-nos a nós mesmos. Na minha humilde visão isso é
traição ao Senhor de Igreja, Jesus Cristo. Ele sendo o Mestre e Senhor disse
que não veio para ser servido, mas para servir. Examine o texto em puta e veja
o comportamento de Jesus Cristo nesse sentido. Naquela época o ato de levar os
pés de seus senhores era uma tarefa reservada aos escravos, servos. Quando seus
donos (senhores) chegavam a casa os criados colocavam uma bacia com água e
lavava-lhes os pés. Foi exatamente por isso que Jesus toma a iniciativa de
lavar os pés dos discípulos, deixando clara a lição de quem é o e o que faz um
“Senhor” (chefe) no Reino de Deus. Também foi por isso que Pedro reage não
querendo inicialmente aceitar que Jesus lave seus pés. Esta é a lição do
lava-pés na perspectiva do discipulado. Na Igreja o maior é aquele que serve. Pedro
somente aceitou que até as mãos e a cabeça fossem lavados por Jesus depois que
Jesus lhe disse: Aquele de quem eu não lavar os pés não terá parte comigo.
Irmãos e irmãs esse texto
nos mostra que estamos na Igreja para servir. Essa é a nossa missão: Servir.
Todas as pessoas que estão na Igreja com outra visão não estão a serviço do
Reino de Deus e aí começa a busca por ser serem servidas e do jeito que gostariam que fosse feito.
Estou seguro de que temos
de mudar a nossa visão sobre a Igreja de Cristo e nos colocarmos aqui como
servos uns dos outros, umas das outras. Por isso descobrimos, ou melhor:
redescobrimos que fazer discípulos somente é possível por meio de um
relacionamento que implica em servir ao outro (a). Lembramos que Jesus tinha as
multidões e os discípulos. Ou seja, doze, depois setenta de dois em dois. E foi
aos pés desses discípulos que Jesus lavou. Fazer discípulos e discípulas é
serviço. Os outros são meus alvos e não os meus próprios interesses. Eu sou de
Cristo e tal qual o meu Cristo eu quero em amor ganhar outros servindo. Amém.
Rev. Jesué Francisco da
Silva.
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