quinta-feira, 6 de março de 2014

PALAVRA PASTROAL – ENTENDEM O QUE JESUS FALA OU O QUE FALAMOS SOBRE JESUS? (Jo. 8:21-22).


Meus irmãos e minhas irmãs hoje em dia o que mais me chama a atenção é o fato de perceber que as pessoas não estão entendendo o que Jesus fala na Bíblia e muito menos o que falamos sobre Ele. Parece que cada um tem um Jesus particular.  Uma Igreja diz que lá Jesus opera milagres e convida o povo para lá a fim de receber esses milagres. Jesus opera milagres mesmo. Aleluia! Eu creio Plenamente. Porém Ele não está restrito a lugares ou grupos onde passa agir. Isso tudo para mim é a grande evidência de que Jesus está falando uma coisa e as pessoas estão entendendo outra muito diferente. Esses dias eu li na face book uma palavra do Rev. Êuler de Oliveira muito interessante onde ele pergunta: O que será que Jesus falaria conosco hoje? Isso mexeu comigo e me fez pensar: É mesmo, o que Jesus me falaria olhando no fundo dos meus olhos agora? O que será que o mestre iria me perguntar? O problema é que, como os Judeus que eram os “religiosos” da época, nós ainda hoje ouvimos a Jesus e reagimos de acordo com as nossas conveniências. O que ele manda está aqui, diante de nossos olhos e estamos procurando em outros lugares. Sabemos o que fazer, mas não fazemos porque não entendemos o que Jesus está nos dizendo. Nos tempos de Jesus era assim. Quando Jesus disse aos discípulos que se ele quisesse João não morreria. Eles entenderam que Jesus havia afirmado que João não passaria pela morte e começaram a espalhar isso. Jesus precisou lhes dizer eu não disse isso e sim se eu quiser. (Jo. 21:22-23) Entenderam a fala de Jesus completamente de maneira errada e espalharam isso. A coisa correu por todos os lados.

Irmãos e irmãs será que nós hoje em dia estamos entendendo o que Jesus está falando? Achamos que sim. Mas estamos mesmo? Os Judeus de nosso texto de hoje ouviram Jesus dizer: Para onde eu vou não podeis ir agora e entenderam que ele estaria pensado em suicidar-se. Ora é muito diferente. Basta ver o contexto da fala de Jesus. Mas eles não estavam interessados no contexto e sim em somente achar que haviam entendido a intenção de Jesus. Releia o texto indicado acima.  Veja o absurdo dos Judeus os “religiosos” da época. Aos discípulos Jesus fala: Se eu quiser que ele fique até que eu venha e eles saem dizendo que Jesus havia afirmado que o discípulo em questão não morreria. Jesus precisa explicar-lhes o que lhes havia disto para acabar com esse boato. Volto a perguntar: E nós hoje em dia? Estamos entendendo mesmo o que Jesus está nos falando na Bíblia ou através dos pregadores? Falo como pregador. Quantas vezes pregamos uma mensagem e depois, ao conversarmos com as pessoas que nos ouviram percebemos que não houve nenhum entendimento sobre o que falamos. Quantos sermões sobre discipulados, quantos sermões sobre as razões de estarmos do jeito que estamos quantos sermões sobre relacionamentos testemunhos, perdão, Compromisso com Deus, dedicação e amor para com nossa Igreja, nossas doutrinas, nosso modo de trabalhar. Quantas vezes expomos claramente os fatos dizendo o porquê estamos como estamos e não conseguimos o que queremos Quantas vezes! Quantas vezes! Mas as pessoas continuam fazendo as perguntas para as quais já demos respostas em nossas mensagens, em nossos sermões. O que aconteceu? Com certeza não entenderam ou ouviram outra coisa. É até mais provável que tenham ouvido outra coisa. Uma vez eu ouvi uma história que dizia assim: Em uma Igreja havia um grande pastor que pregava sermões edificantes. Havia na comunidade uma senhora fuxiquenta, falava mal de tudo e de todos. O pastor pensou: Vou fazer uma série de sermões sobre esse mal e com isso vou atingir essa irmã que está trazendo tanto mal para a comunidade. Pregou. Pregou sobre isso e sobre o pecado que isso representa cujas conseqüências são danosas. A mulher como sempre ao sair dos cultos o cumprimentava dizendo: Reverendo o senhor é fantástico! Como o senhor prega bem! O grande problema é que o povo não escuta as suas pregações e continua do mesmo jeito. Decepcionado o pastor continuou pregado sobre isso até que um dia chovia muito forte na hora do culto e somente essa irmã foi à Igreja. O pastor disse consigo mesmo: É hoje. Eu vou pregar do mesmo jeito só para ele e quero ver o que ela vai dizer ao sair. Bem. Ao sair a irmã disse: Reverendo!

Como eu sempre falo, o senhor é fantástico em suas falas! Só que hoje o povo não veio para escutar. Ninguém o ouviu. Irmãos e irmãs vocês estão me entendendo? Perceberam como o povo é? Pregamos inúmeros sermões com receitas para o desenvolvimento da Igreja. O que é necessário fazer, Etc. Todas as formas para o crescimento da Igreja nós temos ministrado em nossos sermões. Como fazer discipulado. Eu costumo gravá-los e vejo depois o que solicitei o que pedi o que e em que trabalhei e exortei, quais foram as receitas dadas. Mas fico muito triste ao conversar com as pessoas e escutar questionamentos para os quais já dei orientações tantas vezes, quer em sermões, quer em mensagens como esta em Boletins. O que falam sobre o que falam, sobre as perguntas que fazem eu já falei, já respondi. Eu disse também o que está faltando e isso de muitas maneiras diferentes. Mas as pessoas continuam perguntando o que falta. Eu já preguei inúmeras vezes sobre o que está acontecendo. Mas as pessoas continuam perguntando: O que está acontecendo? O que seria isso meus queridos e minhas queridas? Claro. É a falta de escutar bem e para quem está sendo pregada a Palavra lá do púlpito. Eu já disse uma vez e volto a repetir: Enquanto nós pensarmos somente na Igreja sem nos incluirmos nela jamais ouviremos para nós mesmos, o que Deus está nos falando. Pensamos somente “na Igreja”, mas em nós não. Geralmente os críticos da Igreja não têm uma sugestão prática para o problema a que eles mesmos apontam. Vêem culpados e especialmente os pastores. Mas não se entregam ao serviço para valer. Não trazem idéias que funcionam. Mas quando apresentamos alguma coisa dificuldades são logo vistas e apontadas. Pensamos logo nos obstáculos. Termino perguntando: Irmãos, para quem os pregadores estão pregando? O que e sobre quem estão falando? Como estamos escutando essas pregações? O que estamos aprendendo e vendo nelas para nós mesmos? Não sejamos como os Fariseus e nem como os discípulos que ao ouvirem a Jesus entenderam a mensagem totalmente adulterada. Amém?!

Rev. Jesué Francisco da Silva.

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