BOLETIM DO
DIA 1º DE NOVEMBRO DE 2015 EM LINS. (Tiago, 31-12).
PALAVRA
PASTORAL – COMO DEVEMOS NOS COMPORTAR A NOSSA LÍNGUA NA IGREJA DE JESUS CRISTO?
Meus irmãos e minhas
irmãs eu creio que já não é mais nenhuma novidade ao pegarem o Boletim de nossa
Igreja em Lins e lerem uma meditação minha falando sobre o comportamento da
Igreja de Cristo.
Hoje gostaria de chamar
a atenção para um tipo de coisa tão comum, porém tão desastroso na Igreja.
Quando se fala sobre o assunto as pessoas já começam a rir porque sabem que
esse mal existe em todos os meios evangélicos. Mas o fato de ser um mal já
deveria servir para que o repudiássemos de nosso meio. Mas nem sempre o
fazemos. Mas pastor! De que o senhor está falando? Que coisa maldosa é essa?
Estou falando de um pequeno órgão que temos em nossas bocas que se chama
língua. Ele é pequeno, mas é o responsável por formularmos as palavras através
das quais nos comunicamos. Sem esse órgão os sons emitidos pelas nossas cordas
vocálicas somente seriam sons. Mas a língua formula as palavras. E são
exatamente as palavras que podem fazer a diferença. As palavras podem dar vida,
mas as palavras também podem matar. Dependem do modo com que falamos e o que
falamos das ou sobre as pessoas.
Geralmente gostamos muito de falar sobre os outros ou dos outros. Somos hábeis
em criticar os outros. Geralmente negativamos as pessoas com relativa
facilidade. Quando temos a oportunidade de comentar sobre as vidas das pessoas
e especialmente se as estivermos avaliando, até falamos: Eu gosto muito de
fulano ou fulana, mas... Esse que vem depois do “mas”... Arrebenta com as
pessoas sobre quem estamos falando porque depois jogamos a lama em cima dessas
pessoas. Quem as ouve certamente se perguntam: E se não gostassem muito de
pessoa como eles ou elas dizem? Gostando muito estão acabando com a outra. Sem
gostarem o que poderia acontecer? A
coisa é evidente. Nós não amamos e não gostamos nade daquelas pessoas que
dizemos gostar, pois se isso fosse verdadeiro não maldiríamos a elas. Não as
mataríamos com as nossas línguas.
Eu não tenho depois de
todos esses anos de ministério pastoral o menor problema em dizer que muitas
famílias são colocadas para fora de nossas comunidades por causa da
maledicência que existe em nossas Igrejas.
Também estou certo de que no dia do encontro com Jesus muitos de nós
teremos a infeliz surpresa de ser colocados fora por matarmos os nossos irmãos
ou as nossas irmãs com a língua. Até tentamos consertar. Mas como Tiago diz,
nós já matamos. Essa língua é veneno mortal. Sempre eu tenho afirmado que a
tentativa de consertar algo que destruímos com as nossas línguas e o mesmo que
subir em um prédio alto em dia de ventos e lá, abrirmos um saco de penas de
aves, jogarmos ao ar e depois tentarmos recuperar essas penas. Seria possível?
É claro que não. Assim acontece quando causamos os estragos nas pessoas com as
nossas línguas. (Tig. 1:26; Sal. 35:13;
Prov. 18:21 Ec. 5:7; cf com o Sl. 34:13).
Por isso estou certo de
que muitos males em nossas comunidades são causados pelas nossas línguas.
Também estou seguro de que essa prática é daninha e é pecado. Nós temos uma
lista de pecados e muitas vezes julgamos e acusamos as pessoas tendo essa lista
como base. Porém podemos estar na lista dos que não conseguem refrear as suas
línguas. Tiago diz que a língua é pior do que os cavalos que obedecem aos
freios (cabrestos) e ela (língua) não.
Com a língua
desenfreada nós podemos colocar uma pessoa contra a outra, criamos especulação
em torno de um assunto, falsas expectativas nas pessoas, tristezas em outros ou
outras, criamos coisas que jamais existiram e por aí vai. Vou repetir um
exemplo: Uma pessoa chega à porta da Igreja depois do culto e comenta com a
outra: Hoje eu não gostei da pregação do Pastor. Quem ouve pode falar para
outra pessoa assim: Fulano me disse que não gosta da pregação do pastor. Mas
esse terceiro pode também comentar com outro da seguinte maneira: Fulano me
disse que sicrano lhe falou com não gosta do pastor. Qual foi a conversa
original? “Não gostei da pregação do pastor hoje”. Vocês percebem como a
cultura das fofocas, dos mexericos pode destruir dentro da Igreja?
Devemos e precisamos cuidar de não
praticarmos outros tipos de pecados. Mas devemos cuidar da nossa língua. Ela é
indomável e tem veneno mortífero, é fogo e um mundo de iniqüidade de acordo com
a Palavra de Deus no texto base desta mensagem.
Que Deus tenha misericórdia de nós
e nos ajude no controle de nossas línguas. Amém
Rev. Jesué Francisco da Silva.
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