quinta-feira, 29 de outubro de 2015

PALAVRA PASTORAL – COMO DEVEMOS NOS COMPORTAR A NOSSA LÍNGUA NA IGREJA DE JESUS CRISTO? (Tiago, 31-12).











BOLETIM DO DIA 1º DE NOVEMBRO DE 2015 EM LINS. (Tiago, 31-12).      
PALAVRA PASTORAL – COMO DEVEMOS NOS COMPORTAR A NOSSA LÍNGUA NA IGREJA DE JESUS CRISTO?
Meus irmãos e minhas irmãs eu creio que já não é mais nenhuma novidade ao pegarem o Boletim de nossa Igreja em Lins e lerem uma meditação minha falando sobre o comportamento da Igreja de Cristo.
Hoje gostaria de chamar a atenção para um tipo de coisa tão comum, porém tão desastroso na Igreja. Quando se fala sobre o assunto as pessoas já começam a rir porque sabem que esse mal existe em todos os meios evangélicos. Mas o fato de ser um mal já deveria servir para que o repudiássemos de nosso meio. Mas nem sempre o fazemos. Mas pastor! De que o senhor está falando? Que coisa maldosa é essa? Estou falando de um pequeno órgão que temos em nossas bocas que se chama língua. Ele é pequeno, mas é o responsável por formularmos as palavras através das quais nos comunicamos. Sem esse órgão os sons emitidos pelas nossas cordas vocálicas somente seriam sons. Mas a língua formula as palavras. E são exatamente as palavras que podem fazer a diferença. As palavras podem dar vida, mas as palavras também podem matar. Dependem do modo com que falamos e o que falamos das ou sobre as pessoas.  Geralmente gostamos muito de falar sobre os outros ou dos outros. Somos hábeis em criticar os outros. Geralmente negativamos as pessoas com relativa facilidade. Quando temos a oportunidade de comentar sobre as vidas das pessoas e especialmente se as estivermos avaliando, até falamos: Eu gosto muito de fulano ou fulana, mas... Esse que vem depois do “mas”... Arrebenta com as pessoas sobre quem estamos falando porque depois jogamos a lama em cima dessas pessoas. Quem as ouve certamente se perguntam: E se não gostassem muito de pessoa como eles ou elas dizem? Gostando muito estão acabando com a outra. Sem gostarem o que poderia acontecer?  A coisa é evidente. Nós não amamos e não gostamos nade daquelas pessoas que dizemos gostar, pois se isso fosse verdadeiro não maldiríamos a elas. Não as mataríamos com as nossas línguas.
Eu não tenho depois de todos esses anos de ministério pastoral o menor problema em dizer que muitas famílias são colocadas para fora de nossas comunidades por causa da maledicência que existe em nossas Igrejas.  Também estou certo de que no dia do encontro com Jesus muitos de nós teremos a infeliz surpresa de ser colocados fora por matarmos os nossos irmãos ou as nossas irmãs com a língua. Até tentamos consertar. Mas como Tiago diz, nós já matamos. Essa língua é veneno mortal. Sempre eu tenho afirmado que a tentativa de consertar algo que destruímos com as nossas línguas e o mesmo que subir em um prédio alto em dia de ventos e lá, abrirmos um saco de penas de aves, jogarmos ao ar e depois tentarmos recuperar essas penas. Seria possível? É claro que não. Assim acontece quando causamos os estragos nas pessoas com as nossas línguas. (Tig. 1:26; Sal.  35:13; Prov. 18:21 Ec. 5:7; cf com o Sl. 34:13).
Por isso estou certo de que muitos males em nossas comunidades são causados pelas nossas línguas. Também estou seguro de que essa prática é daninha e é pecado. Nós temos uma lista de pecados e muitas vezes julgamos e acusamos as pessoas tendo essa lista como base. Porém podemos estar na lista dos que não conseguem refrear as suas línguas. Tiago diz que a língua é pior do que os cavalos que obedecem aos freios (cabrestos) e ela (língua) não.
Com a língua desenfreada nós podemos colocar uma pessoa contra a outra, criamos especulação em torno de um assunto, falsas expectativas nas pessoas, tristezas em outros ou outras, criamos coisas que jamais existiram e por aí vai. Vou repetir um exemplo: Uma pessoa chega à porta da Igreja depois do culto e comenta com a outra: Hoje eu não gostei da pregação do Pastor. Quem ouve pode falar para outra pessoa assim: Fulano me disse que não gosta da pregação do pastor. Mas esse terceiro pode também comentar com outro da seguinte maneira: Fulano me disse que sicrano lhe falou com não gosta do pastor. Qual foi a conversa original? “Não gostei da pregação do pastor hoje”. Vocês percebem como a cultura das fofocas, dos mexericos pode destruir dentro da Igreja?
Devemos e precisamos cuidar de não praticarmos outros tipos de pecados. Mas devemos cuidar da nossa língua. Ela é indomável e tem veneno mortífero, é fogo e um mundo de iniqüidade de acordo com a Palavra de Deus no texto base desta mensagem.
Que Deus tenha misericórdia de nós e nos ajude no controle de nossas línguas. Amém
Rev. Jesué Francisco da Silva.

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