quinta-feira, 22 de outubro de 2015

PALAVRA PASTORAL – A IGREJA QUE GOSTARÍAMOS DE SER E A IGREJA QUE SOMOS. (Ef. 4: 15 e 16).












Meus irmãos e minhas irmãs hoje eu gostaria de refletir com vocês sobre os dois tipos de Igrejas, aquela que todos nós gostaríamos que fôssemos e a que realmente somos. Mas qual das duas é a que estamos e somos? Bem essa pergunta é difícil de responder, porém pode ser percebida facilmente onde estamos e como somos. Em outras palavras, não temos em quase todas as vezes que somos questionados, a resposta, mas sabemos em que tipo de Igreja nós estamos se olharmos com olhos de amor, compaixão e sinceridade para a nossa comunidade.
Estamos trabalhando a algum tempo numa Igreja de discipulado. Já nos sentimos um pouco admirados por termos que fazer isso já que sabemos que a principal função da Igreja é fazer discípulos. Esse é um mandamento antigo de Jesus. “Ide por todo o mundo e fazei discípulos... E eis que estou convosco todos os dias até a consumação dos séculos”. (Mat. 28:19-20) Assim quando vemos a necessidade de fazermos cursos, seminários, estudos o tempo todo sobre esse assunto ficamos assustados e convencidos de que ainda não entendemos qual é a nossa missão neste mando como Igreja. Tal vez essa seja a razão de estarmos quase sempre focando outras coisas. Porque é assim. Quando perdemos a visão de onde estamos indo ou do que estamos fazendo nos focamos em outras coisas. Gastamos tempo, recursos materiais, etc. em preparação de pessoal para fazê-los simplesmente cumprir um mandamento de Jesus quando na verdade deveria ser somente observados por todos nós.
Eu particularmente tenho observado uma grande parte da Igreja que somente acompanha. Assiste literalmente aos cultos e criticam o que outros estão tentando fazer. O curioso é que não tendo a quem mais criticarmos e percebendo que estamos vendo as coisas fora de foco criticamos os pastores das nossas Igrejas que às vezes nada de costas, de peito, de braçadas, faz nado livre, mas não saem do lugar, porque não existe Igreja somente de pastores. Igreja é grupo, é povo. Os pastores por mais que estejam motivados e querendo avançar não conseguirão se o grupo não responder positivamente aos apelos feitos. Estou pregando sobre discipulado há cinco anos e há mais de três estou ministrando estudos sobre isso. No entanto pergunto: Quantos de nós estamos realmente envolvidos nessa obra? Qual é o percentual da Igreja que realmente acreditou na idéia e “vestiu a camisa” do discipulado? O interessante é que admiramos as Igrejas que estão crescendo assustadoramente com o discipulado, mas ainda estamos pensando somente nas dificuldades que o tipo de trabalho nos apresenta. Temos de admitir que durante anos nós temos sido uma Igreja de manutenção, de consumo e cada um de nós aprendeu durante todo esse tempo a olhar para o próprio umbigo. Não evangelizamos e os poucos que os nossos pastores trazem para a Igreja sem que façamos quase nada, arranjamos um jeito de criar algum tipo de problema e acabamos por afastar a essas pessoas de nosso meio. Fazemos isso de forma tão natural que nem percebemos e depois ficamos ainda à procura dos culpados. Mas não adianta. Temos de assumir a nossa parcela de culpa e nos arrependermos diante de Deus com lágrimas e pranto. Estamos pecando. E como só há uma maneira de desfazermos o pecado em nós, então nós temos que nos sujeitar a essa maneira que é o arrependimento diante de Deus. Feito isso precisamos nos lançar a obra de todo o nosso coração. Temos que ter paixão pelas almas perdidas. Temos de buscá-las seja qual for o preço a pagar. Quem vai fazer a obra é o Espírito Santo. Mas os instrumentos somos todos nós.
Quando eu digo que toda a Igreja está envolvida no trabalho com células não significa que esteja vendo todas as pessoas trabalhando nisso. Essa é uma forma de dizer: Olha este trabalho não é de um pequeno grupo, mas de nós, de toda a Igreja. Ou seja, toda a Igreja deve estar envolvida nele e quem não estiver está fora de ordem na atual forma de trabalhar o crescimento da Igreja no momento. Ainda: Nós não estamos tendo outra maneira de evangelizar. Discipulado por meio de grupos pequenos (células) é a forma adotada pela Igreja Metodista para evangelizar. É nesse sentido que o pastor da Igreja tem afirmado que toda a Igreja está envolvida. Mas como sabemos que muitas pessoas não se envolvem então apelo ao teu coração para que abra tua casa, se entregue de corpo, alma e espírito a esse trabalho. Não fique fora. Não seja apenas um assistente, mas ativo, partícipe da evangelização através das células. Procure um meio um jeito e abra uma célula. Convide pessoas. Se essas não vieram? Vá atrás de outras. Existem outras que também precisam da graça salvadora de Cristo. Desperta Igreja! O discipulado está aí e veio para ficar. Levanta Igreja! Veja os campos que estão brancos para a ceifa. Chega de ficarmos somente discutindo a Igreja, os problemas da Igreja. Chega de pra lá lá, pra lá lá e bla bla, bla. Lancemo-nos à obra! O texto em puta diz que a Igreja deve crescer seguindo a verdade em tudo naquele que é o cabeça, Cristo de quem todo o corpo bem ajustado e consolidado pelo auxílio de toda a junta, segundo a justa cooperação de toda parte,  efetua seu próprio aumento para a edificação de si mesmo em amor.
Creio que agora já temos bem claro diante de nós a Igreja que gostaríamos de ser e a Igreja que somos. Então sejamos a ideal, aquela que faz discípulos e discípulas em células. Amém.
Rev. Jesué Francisco da Silva

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