Meus
irmãos e minhas irmãs hoje eu gostaria de refletir com vocês sobre os dois
tipos de Igrejas, aquela que todos nós gostaríamos que fôssemos e a que
realmente somos. Mas qual das duas é a que estamos e somos? Bem essa pergunta é
difícil de responder, porém pode ser percebida facilmente onde estamos e como
somos. Em outras palavras, não temos em quase todas as vezes que somos
questionados, a resposta, mas sabemos em que tipo de Igreja nós estamos se
olharmos com olhos de amor, compaixão e sinceridade para a nossa comunidade.
Estamos
trabalhando a algum tempo numa Igreja de discipulado. Já nos sentimos um pouco
admirados por termos que fazer isso já que sabemos que a principal função da
Igreja é fazer discípulos. Esse é um mandamento antigo de Jesus. “Ide por todo
o mundo e fazei discípulos... E eis que estou convosco todos os dias até a
consumação dos séculos”. (Mat. 28:19-20) Assim quando vemos a necessidade de
fazermos cursos, seminários, estudos o tempo todo sobre esse assunto ficamos
assustados e convencidos de que ainda não entendemos qual é a nossa missão
neste mando como Igreja. Tal vez essa seja a razão de estarmos quase sempre
focando outras coisas. Porque é assim. Quando perdemos a visão de onde estamos
indo ou do que estamos fazendo nos focamos em outras coisas. Gastamos tempo,
recursos materiais, etc. em preparação de pessoal para fazê-los simplesmente
cumprir um mandamento de Jesus quando na verdade deveria ser somente observados
por todos nós.
Eu
particularmente tenho observado uma grande parte da Igreja que somente
acompanha. Assiste literalmente aos cultos e criticam o que outros estão tentando
fazer. O curioso é que não tendo a quem mais criticarmos e percebendo que
estamos vendo as coisas fora de foco criticamos os pastores das nossas Igrejas
que às vezes nada de costas, de peito, de braçadas, faz nado livre, mas não
saem do lugar, porque não existe Igreja somente de pastores. Igreja é grupo, é
povo. Os pastores por mais que estejam motivados e querendo avançar não
conseguirão se o grupo não responder positivamente aos apelos feitos. Estou
pregando sobre discipulado há cinco anos e há mais de três estou ministrando
estudos sobre isso. No entanto pergunto: Quantos de nós estamos realmente
envolvidos nessa obra? Qual é o percentual da Igreja que realmente acreditou na
idéia e “vestiu a camisa” do discipulado? O interessante é que admiramos as
Igrejas que estão crescendo assustadoramente com o discipulado, mas ainda
estamos pensando somente nas dificuldades que o tipo de trabalho nos apresenta.
Temos de admitir que durante anos nós temos sido uma Igreja de manutenção, de
consumo e cada um de nós aprendeu durante todo esse tempo a olhar para o
próprio umbigo. Não evangelizamos e os poucos que os nossos pastores trazem
para a Igreja sem que façamos quase nada, arranjamos um jeito de criar algum
tipo de problema e acabamos por afastar a essas pessoas de nosso meio. Fazemos
isso de forma tão natural que nem percebemos e depois ficamos ainda à procura
dos culpados. Mas não adianta. Temos de assumir a nossa parcela de culpa e nos
arrependermos diante de Deus com lágrimas e pranto. Estamos pecando. E como só
há uma maneira de desfazermos o pecado em nós, então nós temos que nos sujeitar
a essa maneira que é o arrependimento diante de Deus. Feito isso precisamos nos
lançar a obra de todo o nosso coração. Temos que ter paixão pelas almas
perdidas. Temos de buscá-las seja qual for o preço a pagar. Quem vai fazer a
obra é o Espírito Santo. Mas os instrumentos somos todos nós.
Quando
eu digo que toda a Igreja está envolvida no trabalho com células não significa
que esteja vendo todas as pessoas trabalhando nisso. Essa é uma forma de dizer:
Olha este trabalho não é de um pequeno grupo, mas de nós, de toda a Igreja. Ou
seja, toda a Igreja deve estar envolvida nele e quem não estiver está fora de
ordem na atual forma de trabalhar o crescimento da Igreja no momento. Ainda:
Nós não estamos tendo outra maneira de evangelizar. Discipulado por meio de
grupos pequenos (células) é a forma adotada pela Igreja Metodista para
evangelizar. É nesse sentido que o pastor da Igreja tem afirmado que toda a
Igreja está envolvida. Mas como sabemos que muitas pessoas não se envolvem
então apelo ao teu coração para que abra tua casa, se entregue de corpo, alma e
espírito a esse trabalho. Não fique fora. Não seja apenas um assistente, mas
ativo, partícipe da evangelização através das células. Procure um meio um jeito
e abra uma célula. Convide pessoas. Se essas não vieram? Vá atrás de outras.
Existem outras que também precisam da graça salvadora de Cristo. Desperta
Igreja! O discipulado está aí e veio para ficar. Levanta Igreja! Veja os campos
que estão brancos para a ceifa. Chega de ficarmos somente discutindo a Igreja,
os problemas da Igreja. Chega de pra lá lá, pra lá lá e bla bla, bla.
Lancemo-nos à obra! O texto em puta diz que a Igreja deve crescer seguindo a
verdade em tudo naquele que é o cabeça, Cristo de quem todo o corpo bem
ajustado e consolidado pelo auxílio de toda a junta, segundo a justa cooperação
de toda parte, efetua seu próprio
aumento para a edificação de si mesmo em amor.
Creio
que agora já temos bem claro diante de nós a Igreja que gostaríamos de ser e a
Igreja que somos. Então sejamos a ideal, aquela que faz discípulos e discípulas
em células. Amém.
Rev.
Jesué Francisco da Silva
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